Diferenças, Movimentos sociais, política e
poder
Nesse último seminário com tema ainda voltado
para as diferenças existentes em nossa sociedade reafirmamos que há muito o que
fazer para encontrarmos o equilíbrio para uma sociedade mais justa e igualitária
e isso fica evidente quando vemos os noticiários mostrando com muita frequência
protestos nas ruas para se alcançar
objetivos que tornem o nosso pais mais justo. Fiz um trabalho social voluntario
na cidade de Brasília e até então nunca tinha presenciado tantos protestos em
uma cidade e que nem sempre são noticiados para não chocar o cidadão que em sua
vida “cômoda” não tem motivos para protestar, vi também as massas manipuladas
por grupos organizados com propósitos escusos que não representam a opinião publica,
certa vez conversei com um adolescente de Contagem-MG que estava se preparando para ir a Brasília
participar de um protesto que ele nem mesmo sabia o propósito só sabia que iria
uma galera de amigos tocando violão e paquerando e não teria que gastar nem um tostão,
apoio os movimentos sociais pacíficos mas e preciso saber qual e o motivo do
protesto e lamentavelmente a maioria das pessoas que serão favorecidas com o resultado
do protesto não apoiam nem participam das marchas por mudanças.
Próximo de toda eleição sempre aparece
alguma reportagem perguntando em quem você votou na última eleição e como
sempre a maioria não se lembra, os candidatos que elegemos e que devem lutar
pela nossa causa e devemos acompanhar seu trabalho e cobrar resultados mas
normalmente os desafios diários de nossa vida nos impedem de fazer muitas
coisas que gostaríamos e a lógica e que os políticos façam sua parte sem cobrança
mas isso e outro sonho maluco como o da história de “Alise no pais das
maravilhas”.
Mas em meio as muitas discussões e debates
sobre “diferenças” concluo que mesmos entre mestres e doutores no ambiente acadêmico
onde estive presente debatendo temas
relacionados ao preconceito por cor, raça, etnia, classe social ou orientação
sexual percebi também o preconceito de colegas através de expressões não
verbais ao ver outros colegas apresentando seminários a inconsistência em
alguns de concordarem com o que esta sendo dito ou compreendido para não ser excluído
caso revele sua real opinião esse ambiente (acadêmico) em nível de mestrado e
doutorado como dito em nosso debate em aula há também uma vaidade muito grande
nesse meio pelo grau de dificuldade em se conquistar tal titulo e isso pode nos
tornar intolerantes com as falhas ou deficiências intelectuais dos outros,
sendo assim como ser humano pensante e formador de opinião por nosso privilegio
de acesso ao saber isso tem que fazer de nos melhores seres humanos no sentido da
tolerância. Deixo aqui um desafio ao leitor para sempre que possível
compartilhar nossos pensamentos e intenções nas redes sociais, em trabalhos voluntários
em sua comunidade ou grupos religiosos faço isso a vários anos com ajuda de pessoas
dos mais variados meios sociais mas que compartilham uma mesma vontade replicar
um pouco do que sabem para melhorar a vida de outros e com isso a sua também! Referencias:
´ Rodrigues,
M. B. Interculturalidade: por uma genealogia da discriminação. Psicologia &
Sociedade, Belo Horizontes, v. 19, n. 3, p. 55-61, 2007.
´ Souza,
J. (Não)reconhecimento e subcidadania, ou o que é “ser gente”? Lua Nova,
São Paulo, v. 59, p. 51-74, 2003.
´ Vasconcelos,
C. C. O.; Nunes, D. M. P.; Silva, M. S. Percepção do preconceito entre os
migrantes nordestino no estado de São Paulo. Saúde Coletiva em Debate.
Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 59-69, out, 2011.