terça-feira, 5 de maio de 2015

Não vejo diferença!?!

      Diferenças, Movimentos sociais, política e poder
                                   
      Nesse último seminário com tema ainda voltado para as diferenças existentes em nossa sociedade reafirmamos que há muito o que fazer para encontrarmos o equilíbrio para uma sociedade mais justa e igualitária e isso fica evidente quando vemos os noticiários mostrando com muita frequência  protestos nas ruas para se alcançar objetivos que tornem o nosso pais mais justo. Fiz um trabalho social voluntario na cidade de Brasília e até então nunca tinha presenciado tantos protestos em uma cidade e que nem sempre são noticiados para não chocar o cidadão que em sua vida “cômoda” não tem motivos para protestar, vi também as massas manipuladas por grupos organizados com propósitos escusos que não representam a opinião publica, certa vez conversei com um adolescente de Contagem-MG  que estava se preparando para ir a Brasília participar de um protesto que ele nem mesmo sabia o propósito só sabia que iria uma galera de amigos tocando violão e paquerando e não teria que gastar nem um tostão, apoio os movimentos sociais pacíficos mas e preciso saber qual e o motivo do protesto e lamentavelmente a maioria das pessoas que serão favorecidas com o resultado do protesto não apoiam nem participam das marchas por mudanças.
      Próximo de toda eleição sempre aparece alguma reportagem perguntando em quem você votou na última eleição e como sempre a maioria não se lembra, os candidatos que elegemos e que devem lutar pela nossa causa e devemos acompanhar seu trabalho e cobrar resultados mas normalmente os desafios diários de nossa vida nos impedem de fazer muitas coisas que gostaríamos e a lógica e que os políticos façam sua parte sem cobrança mas isso e outro sonho maluco como o da história de “Alise no pais das maravilhas”.
       Mas em meio as muitas discussões e debates sobre “diferenças” concluo que mesmos entre mestres e doutores no ambiente acadêmico onde estive presente debatendo  temas relacionados ao preconceito por cor, raça, etnia, classe social ou orientação sexual percebi também o preconceito de colegas através de expressões não verbais ao ver outros colegas apresentando seminários a inconsistência em alguns de concordarem com o que esta sendo dito ou compreendido para não ser excluído caso revele sua real opinião esse ambiente (acadêmico) em nível de mestrado e doutorado como dito em nosso debate em aula há também uma vaidade muito grande nesse meio pelo grau de dificuldade em se conquistar tal titulo e isso pode nos tornar intolerantes com as falhas ou deficiências intelectuais dos outros, sendo assim como ser humano pensante e formador de opinião por nosso privilegio de acesso ao saber isso tem que fazer de nos melhores seres humanos no sentido da tolerância. Deixo aqui um desafio ao leitor para sempre que possível compartilhar nossos pensamentos e intenções nas redes sociais, em trabalhos voluntários em sua comunidade ou grupos religiosos faço isso a vários anos com ajuda de pessoas dos mais variados meios sociais mas que compartilham uma mesma vontade replicar um pouco do que sabem para melhorar a vida de outros e com isso a sua também!  

Referencias: 
´  Rodrigues, M. B. Interculturalidade: por uma genealogia da discriminação. Psicologia & Sociedade, Belo Horizontes, v. 19, n. 3, p. 55-61, 2007.
´  Souza, J. (Não)reconhecimento e subcidadania, ou o que é “ser gente”? Lua Nova, São Paulo, v. 59, p. 51-74, 2003.

´  Vasconcelos, C. C. O.; Nunes, D. M. P.; Silva, M. S. Percepção do preconceito entre os migrantes nordestino no estado de São Paulo. Saúde Coletiva em Debate. Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 59-69, out, 2011. 

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Você é NORMAL ou DIFERENTE?

Diferença: normalidade, marginalidade e desigualdade 

      Como você se classifica, “normal ou diferente”? Vou ao longo desse texto comentar esse tema com uma linguagem mais simplificada mas nas referencias grandes filósofos são citados com uma fala mais profunda, o dicionário da varias explicações para ambas as palavras no sentido pratico delas mas quando colocamos a óptica humanista que e o foco do seminário e possível ver centenas de explicações e justificativas adversas pois cada um tem uma forma de justificar sua humanidade ou a falta dela, em outro seminário discutimos também sobre normalidade e concluímos que ninguém e igual no ponto de vista medico ou sociológico portanto somos todos diferentes pois isso nos torna únicos e como tal necessitamos uns dos outros pois ninguém e bom em tudo e teologicamente falando esse e o propósito do criador, para unir os seres humanos só as nossas diferenças e que tornariam isso possível devido a nossa dependência daquilo que não sabemos ou temos, uns usam isso para promover a união outros não mas isso e tema para outro artigo.
      Normalidade ou loucura e só um ponto de vista segundo o Frances “Deleuze”em todos os momentos em que grandes descobertas foram feitas a loucura ou a quase loucura esteve presente e os que se dizem normais nunca farão algo genial. Para que possamos compreender  os muitos livros e textos de “Deleuze” ou de outros pensadores, filósofos, teólogos antigos ou modernos que ao longo dos séculos vem tentando ajudar o ser humano a atingir o seu maior potencial e preciso olhar para dentro de si pois só alcançaremos o nosso maximo quando “nos” compreendemos pois assim faremos o que há de melhor em “nos” seja como profissão ou como ser humano o problema e que em nossa busca a muita interferência pelo caminho, trabalho, dividas e perdas das mais variadas. O grande filosofo Sócrates em seu tempo dizia: “O homem foi feito para pensar e o trabalho e para os escravos” tenho certeza que os escravos não concordavam com ele mas hoje temos que fazer tudo ao mesmo tempo, trabalhar, pensar e conviver com os desafios diários e tomar as decisões mais certas em uma velocidade incrível ai entram os erros por falta de ponderação ao decidir. A empresa 3M e formada só por profissionais pensantes e criativos e tem a meta anual de lançar 30% há mais em novos produtos em sua imensa gama de inovações para não ser uma empresa “normal” e para que isso aconteça ela da um dia por semana ou quatro no mês para que cada profissional use como quiser com intuito de pensar no “diferente” pois o igual todos já sabem.
“A repetição nada muda no objeto que se repete, mas muda alguma coisa no espírito que a contempla: esta celebre tese de Hume leva-nos ao âmago do problema. Como a repetição mudaria alguma coisa no caso ou no elemento que se repete, visto que ela, de direito, implica uma perfeita independência de cada apresentação?”  (Deleuze, 2006)      
                                                                                                          
      O contraste da diferença com a normalidade salienta também outra mazela de nossa sociedade a marginalidade e a desigualdade e é nesse ponto e se justifica a igualdade de condições que pregam governos, seitas e religiões que se somam a lutas sociais para garantir um mínimo de igualdade por classe social, cor, raça e etnia.
 “As políticas educacionais têm sido utilizadas para corrigir desigualdades, entretanto ao centrarem-se nas desigualdades intra escolares, as políticas e suas análises se empobrecem. O foco nos coletivos feitos desiguais redefine as desigualdades, continuando fechado na exposição das desigualdades escolares e na denúncia dos fatores intra escolares como responsáveis pela sua persistência, responsabilizando os professores e até os próprios educandos.Ver as diferenças, os diferentes como problema está incrustado em nossa cultura política. Ou são problema herdado de um passado de tradicionalismo, do atraso na agricultura, no trabalho informal, ou da lenta incorporação na sociedade moderna, letrada, desenvolvida. Enquanto não mudarmos o modo de pensar os desiguais como problema, não mudaremos a visão do Estado e de suas políticas como a solução”. Arroyo 2010                                                                                                    
      Sou fá do antigo seriado de TV “jornada nas estrelas” e em um de seus episódios foi retratado o nosso sonho de futuro como (amantes da igualdade) a nave “SS interpraise” encontrou no espaço uma capsula com três pessoas congeladas que no passado tinham doenças graves em estagio terminal ao serem teletransportadas para o setor medico da nave a medica de plantão com aparelhos altamente modernos curou em poucos minutos um doente de câncer outro com problemas no coração e uma mulher com infecção generalizada, após todos serem curados de doenças primitivas segundo disse medica os pacientes foram encaminhados para conversar com a psicóloga da nave para se adaptarem a nova vida no presente a mulher quis saber de seus familiares e foi mostrado a ela toda a sua genealogia  de seus familiares e onde moram atualmente para conhecê-los quando retornasse a terra outro era “baladeiro” e só queria saber onde seria a próxima festa no espaço o terceiro era muito rico e queria voltar imediatamente para a terra e ver suas ações no banco e suas propriedades e tentou subornar o comandante da nave a voltar imediatamente a terra e ele faria do comandante um homem rico, o comandante buscou nos arquivos para saber o que era ser rico ter posses e ficou chocado por saber que no passado os seres humanos matavam, enganavam e roubavam para serem melhores que outros, no mundo atual ano 3.025 segundo o comandante ninguém e dono de nada tudo e de todos e cada um tem só o necessário para viver bem e não acumulam posses e todos são iguais segundo as leis terrenas e galácticas. Será que a humanidade vai ter que esperar tantos anos resolver os problemas sociais de inclusão e igualdade!    
“Assim, o que estaria ocorrendo no mundo globalizado seria uma tendência à restrição da mobilidade social ascendente, verificando-se, em contraposição, contingentes cada vez mais expressivos de indivíduos que passariam a ocupar posições mais baixas na escala social. Ora, se a mobilidade social tende a ser esmagadoramente descendente, podemos pensar que estamos em presença de uma situação de exclusão e não mais apenas de desigualdade social”. Maiolino 2005 

Referencias:
ARROYO, M.G. Políticas Educacionais e desigualdades: à procura  de novos significados. Educação e sociedade, Campinas, v. 31, n.113, p.1381- 1416 out.dez.2010.
BRAH, A. Diferença, diversidade, diferenciação. Caderno Pagu, Campinas, n.26,p. 329-376, jan./jun.2006.
DELEUZE, G. Diferença e repetição. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
LAVINAS, L. Pobreza e exclusão: Traduções regionais de duas categorias da prática. Econômica, Niterói, v. 4, n. 1, p.25 – 59, jun. 2002.
MAIOLINO, A. L. G.; MANCEBO,D. Análise histórica da desigualdade: marginalidade, segregação e exclusão. Psicologia & Sociedade, Belo Horizonte, v.17, n.2, p.14 -20, maio/ago. 2005.RÍOS, G. A captura da diferença nos espaços escolares: um olhar deleuziano. Educação& Realidade, Porto Alegre, v.27, n.2, p. 111 – 122 jul. /dez. 2002.