quinta-feira, 30 de abril de 2015

“Quem vê cara vê coração” (Aparência, deficiência física e mental).



                                        
      Usei como titulo para essa minha fala “Quem vê cara vê coração” você pesa que eu esqueci o ditado popular “quem vê cara não vê coração” mas não e isso mesmo que eu quis dizer pois vivemos em uma sociedade que acredita que vendo a aparência da pessoa sabem dizer como e o coração dela, citei em minha última publicação nesse blog sobre o trabalho que faço através de uma empresa de consultoria quando somos contratados para fazer a pesquisa de “cliente oculto” para avaliar o atendimento da empresa contratante e emitir um relatório com possíveis soluções, em minhas experiências comprovei que se você indiferente de sua orientação sexual cor ou origem basta para o mercado de consumo você se apresentar com ostentação e luxo que será bem recebido em qualquer lugar pois o seu dinheiro e bem vindo, então viva de aparências para ser aceito pelos medíocres de nossa sociedade e não seja você mesmo seja uma mentira!                  
             Fiquei chocado ao participar do seminário com o tema: “Aparência, deficiência física e mental” não pela apresentação pois os colegas que apresentaram foram brilhantes ao tratarem o tema mas sim pela dura realidade enfrentada por pessoas com deficiência física e  mental, Hoje a CLT (consolidação das leis trabalhistas) exige que toda empresa com numero de empregados a partir de 100 tenham pelo menos um deficiente físico em seu quadro de colaboradores mas descobrimos que tem empresas que contratam o deficiente físico mas só para cumprir a cota exigida pela lei pois o deficiente recebe para ficar em casa sem fazer nada pela empresa, todo portador de deficiência física tem direito a uma aposentadoria do governo para facilitar sua vida mas a conquista do emprego para o deficiente tem como principal objetivo a inclusão social e tirar a pessoa em muitos casos da depressão e fazer com que ela se sinta útil, outro problema que rodeia o deficiente físico segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e que a maioria deles tem baixa ou nem uma escolaridade e por isso não conseguem preencher as vagas disponíveis no mercado, e por que isso acontece? Porque a discriminação e o preconceito vividos por essas pessoas aliado a políticas publicas incompetentes no período de vida escolar de crianças com deficiência os excluiu de uma socialização para incluí-los em nossa sociedade e capacita-los de acordo com sua deficiência.
      Outro ponto negativo que mancha a nossa historia e a lamentável tragédia humana ocorrida no passado na cidade mineira de Barbacena onde eram jogados os deficientes mentais, mulheres que engravidavam fora do casamento e homossexuais ou seja todas as pessoas que uma sociedade de hipócritas e desumanos não queriam em seu meio, hoje e possível visitar em Barbacena o museu da loucura e ver fotos da época que mais lembrem os campos de concentração nazistas onde Judeus, Turcos e Ciganos trabalhavam até a morte, outro lugar em Minas Gerais onde pessoas com lepra (rencienise) eram isoladas e excluídas era a colônia Santa Isabel uma vez lá não tinha volta, recordo de minha infância quando uma vez por mês um grande grupo de leprosos da colônia vinham com sacos no bairro em que eu morava para mendigar alimentos para manter a colônia viva e cuidar dos leprosos acamados, me lembro de ter medo deles por causa das deformações que eles tinham por causa da doença, fiquei triste ao lembrar desses fatos e espero que nossos filhos tenham possam relatar no futuro vivemos hoje em uma sociedade mais atenta a inclusão e compreensiva com as diferenças.
Referencias:
  BRUNSTEIN, J.; SERRANO, C. A. Vozes da diversidade: um estudo sobre as experiências de inclusão de gestores e PcDs em cinco empresas paulistas. Cadernos EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v.6, n.3, p. 1-27, set. 2008.
  CARVALHO-FREITAS, M. N.; TOLEDO, I. D.; NEPOMUCENO, M. F.; SUZANO, J. C. C.; ALMEIDA, L. A. D. Socialização organizacional de pessoas com deficiência. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v.50, n. 3, p. 264-275, jul./set. 2010.
  LIMA, M. P.; TAVARES, N. V.; BRITO, M. J.; CAPELLE, M. C. A. Revista de Administração Mackenzie, São Paulo, v. 14, n. 2, p. 42-68, mar./abr. 2013.
  MOTA, M. D. B. Moda e subjetividade: corpo, roupa e aparência em tempos ligeiros. Modapalavra, Florianópolis, ano 1, n.2, p. 21-30, ago./dez.2008.
  PEREIRA, R. Diversidade funcional: a diferença e o histórico modelo de homem-padrão. História, Ciência, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.16, n. 3, p.715-728, jul./set. 2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário